Vai... Me escapa entre as mãos
Me perde sem querer
Implora o meu perdão
Como se quisesse tê-lo
E assanhando meu cabelo
Justifica redenção
Pondo fim a minha paz
Que bem sabe o que é sofrer
Por capricho de um rapaz
É que eu devo me perder
Os desejos tão ardentes
Os detalhes indecentes
Eu não sei mais me entender
Não demora nem regressa
Que os romances só têm pressa
Pra se desfazer
Vou vivendo de lembranças
E morrendo de saudades de você
Vai... Não faz tanto sermão,
Nem vá se contra-dizer
Já tem minha atenção
E já sabe que você
Vai ser sempre ilusão
Vai ser sempre bem querer
Não imponha uma conclusão
Deixa o silêncio me entreter
Não preciso de razão
E nem ela quer te ter
Não se faz de arrependido
De mocinho ou de bandido
Soa tudo clichê,
Só lhe resta esse sorriso
O cenário e o cinismo
Que lhe cai bem
Não sei porque
Vou vivendo de lembrança
E morrendo de saudade de você,
De você, de você.