Com todas as grandezas do mundo
Com a pressa que ele tem de girar
Perguntam o que eu vejo nesta terra rachada
Que o meu peito nomeou de meu lugar
Se a chuva que é tão displicente
E o verde que só teima em brotar
Perguntam o que eu vejo nesta terra rachada
Que o meu peito nomeou de meu lugar
Se todo olhar alheio e desatento
Se atém à caricata conclusão
O que me encanta aqui, não sei direito
É entre a fala e o trejeito
É entre a praia e o sertão
Excede o que concede o coco e a cana
Não basta a sincopada imprecisão
Se estende no varal que conta histórias
Se dispersa na incontida e displicente
Decisão de ser feliz
É mais que prosa-reza
Tanta resma que se preza
Já narrou o meu lugar
Que é entre tudo, e mais que tudo
É parte minha, e de minha parte assim será
Que é entre tudo, e mais que tudo
Que o meu peito nomeou de meu lugar