Chamam noite aquele instante
Em que Deus conserta o sol
Cada estrela é uma vela
Com delírios de farol
Luz febril
Desvario
de Brio
Juvenil
Onde semear as cinzas
Poderão nascer chorões
Quando sentimento brisa
Sopra o pó das aflições
Pros sertões
Pros confins das constelações
Ordenhar a pedra
Pra beber
Leito de rio
Conjugar a gravidade
Qual balão vadio
Ao Léu
Onde o cegos
guardam cores
Dentro das retinas
mãos
Onde vão tão irmãos
da imensindão
Nos desvios e vãos
Onde quer que se vá
Secreções
de sonhos
Pairam pelo ar
Quando contrair meus sonhos
Devo recusar
Onde e o ar é a poesia
Com seus passos de pinguim
Seu clarin
Pra ninguém.
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