Era uma vez um gigante
Que gostava de caminhar
Mas a sua passada era tão grande
Que um passo e meio
Era um passeio
Ao topo do pico dos Andes
Era uma vez um gigante
O gigante do passo grande
Que era enorme também no nome
“Teotônio Parrudo Garrido Golias Galante
Lacerda Pedroso
Peixoto Cardoso
Carvalho Cabral Cavalcante”
Era uma vez um gigante
O gigante do passo grande, do nome enorme
Que tinha a barriga de um elefante
Seu prato daria pra vinte homens
Devorava o almoço,
Comia até o osso
E ainda ficava com fome
Era uma vez um gigante
O gigante do passo grande, do nome enorme, da barriga de elefante
Que quando dormia, roncava um monte
Tão alto, que até parecia ligado em um alto-falante
Tremia o chão,
Tremor de trovão
Um ronco nem um pouco elegante
Era uma vez um gigante
O gigante do passo grande, do nome enorme, da barriga de elefante, do ronco de alto-falante
Que tinha um nariz assim imenso
E lá dentro melecas que nem cabiam num dedo
O seu espirro
Era como um tiro
Os lencinhos morriam de medo!