As flores são vermelhas
As flores são brancas
E sempre subimos nas telhas p ara ver de longe as carrancas que ficam na frente dos navios lá no porto
Trazendo saudades da sua terra
Lá esta sua alma, aqui, só o corpo
Que apesar do cessar fogo ainda estão em guerra consigo mesmo, pois não estão no lugar certo
Estão perto de minhas flores que nem de longe, nem de perto, tem os mesmos sabores da boa e velha comida caseira
Daqui de cima eu vejo longe
Vejo de longe a grande feira onde no centro dela esta um monge sempre pregando a salvação
Mas quem ta na taverna não vê
Vê apenas a solidão
Não percebem seu brilho se perder no copo de uma bebida amarga
Ele se envergonha de estar vivo após perder a batalha
Não a bebe, de tão ruim ninguém a traga
Voltando a grande feira vejo a migalha que um mendigo se atira a lama para pegar
Na feira se vendem minhas flores
Mas já estão mortas, não vão durar
Acontecendo tudo pelos senhores que controlam o caos inconsciente
E faz de um dia uma aventura
Às vezes tristes, às vezes sorridente
Sempre se vê aqui pela rua