Favelas, mazelas, pálpebras inchadas
Lágrimas, lastimas, mãos nas enxadas
Lutas, buscas, almas desgastadas
Solavanco tranco imagens das calçadas
Incerto preciso, para conquista do mínimo
Faróis, multidões, latas de lixo
Esquisito, indiscrito, mas é bem explicito
A ruga, a fuga pra conquista do mínimo
Grades, falsidade não prendem a verdade
O nexo, a história a realidade
O suor do civil, o protesto dos mil
O favelado patriota é filho de ti Brasil
Sinto por ti, Brasil
O gari, o guri, a menina a família
O varredor de rua um grande orgulho por ti sentirás
Em teus olés com a boa nos pés,
Mas a parte que o comanda opinou por um viés
E nossas crianças é o que nos comove
Que nos puxa de volta a vida ao ver nossos irmãos na morte
Um pote, um pote, um pote de esperança
É o que te espera em seu lar uma cópia de tua infância
Somos filhos vivos de um tal senhor Brasil
Que nos mostrou a força no protesto dos mil
Onde quem não sabia no momento o refrão
Prestava atenção, pra embarcar na canção
Sinto por ti, Brasil
De pouco em pouco, de pingo em pingo
Você pode não crer, mas estamos evoluindo
Pálpebras, inchadas, mazelas, favelas
Mãos nas enxadas, lastimas, favelas
Almas desgastadas, buscas, favelas
Imagens das calçadas, trancos favelas
Eu te apresento algo que você não viu
Uma favela chamada Brasil
Sinto por ti, Brasil
Na noite triste um de seus filhos chorou
Deitado no asfalto implorando pelo amor
Vitima do assalto, dos homens de maus atos
Que levaram sua inocência e lhe deixaram um fardo
Um fardo pesado pela vida inteira
Que independente ao sorriso causaria problema
O esquema no momento é pegar o pouco contento
Criar asa na imaginação e voar com o vento