O enterro da culpa
O sorriso da outra
Como é que se faz pra se chegar no cais dos mares da tua boca?
No verbo o meu destino
O sorriso da outra
Como é que se faz pra se livrar dos tais botões da tua roupa?
O preço da sua vida
Sem vestido de noiva
Como é que se faz pra se chegar por trás dessa armadura louca
A volta do exílio
E eu sem pensar na outra
Como é que se faz pra não querer demais seus ais a noite toda
De tanto me calar pra te servir a mesa
Eu sábado de noite, você segunda-feira
De tanto ajoelhar aos pés dessa beleza
Eu bobo na sua corte, você realeza
O enterro da culpa
O sorriso da outra
Me diz como é que faz pra me livrar dos nós do laço da sua forca
No verbo eu sou menino
Do destino que açoita
Como é que se faz pra me inspirar nos tais conselhos dessa louca
O gosto da sua vida
A poesia é pouca
Como é que se faz pra se chegar por trás dessa palavra solta
A volta do auxílio
Eu sem trocar de roupa
Me diz como é que faz pra não querer demais os beijos da tua boca
De tanto me calar pra te servir a mesa
Eu sábado à noite, você segunda-feira
De tanto ajoelhar aos pés dessa grandeza
Eu bobo na sua corte, você realeza