Quando sobe o pano
Todos são artistas
No rosto as estrias
São malabaristas
Quando sobe um canto
Já me sinto artista
Grito o meu lamento
Que é pra não chorar
E eu queria tanto entender você
Que me bate palmas sem me conhecer
E eu queria tanto te mostrar de vez
Quando o pano desce o meu eu, talvez,
Seja parecido, ou igual ao seu
Um abrir cortinas e fechar verdades
Pois se o pano desce
Sou sozinha em casa
E no travesseiro
Nadam minhas mágoas
Quando o pano desce
Eu me sinto nua
Procurando a porta
Ou abrindo a sua