Vê se aparece, seu moço do armário
Já tá na hora da hora do horário
O tempo passa pra apaziguar este calo
Vê se trabalha pro trapo do salário
E não vem com esse papo de viver a vida
Só se perde quem já se perdeu...
A solidão não é só do solitário
E mesmo de frente tem gente ao contrário
Tem todo dia neguinho pelo ralo
Feijão já virou mordomia no teu prato
E não vem com esse papo de viver a vida
Só se perde quem já se perdeu...
Perdão, eu digo, a culpa não foi minha
Essa loucura é tua e o problema é todo teu
Este mal é de quem vê
Todo mundo enxerga de qualquer lugar
Não tem tempo pra fazer o que se pode
E o que se pode é pouco, não dá pra levar
Esse mal é de quem vê
E, se você enxerga, tem que se curar
Tem gente que não tá nem lá, nem cá
Medo de apego é sossego temporário
A consciência tentou deixar recado
Corpo que morre se pensa estar parado
Tá preto e branco o azul do teu cenário
E não vem com esse papo de viver a vida
Só se perde quem já se perdeu...
Perdão, eu digo, a culpa não foi minha
Essa loucura é tua e o problema é todo teu
Este mal é de quem vê
Todo mundo enxerga de qualquer lugar
Não tem tempo pra fazer o que se pode
E o que se pode é pouco, não dá pra levar
Esse mal é de quem vê
E, se você enxerga, tem que se curar
Tem gente que não tá nem lá, nem cá
Este mal é de quem vê
Todo mundo enxerga de qualquer lugar
Não tem tempo pra fazer o que se pode
E o que se pode é pouco, não dá pra levar
Esse mal é de quem vê
E, se você enxerga, tem que se curar
Tem gente que não tá nem lá, nem cá