Filho de pescador eu nasci e aqui me criei
Conheço o mar há tanto tempo que já nem me lembro mais
Trabalhei noite inteira, e nada foi tudo que ganhei
E agora vens, queres me ensinar aquilo que na vida eu mais sei
Nem sei por quê te ouço e lanço as minhas redes onde mandas
E para estremecer a minha alma, voltam cheias, se rasgando
O que fizeste das minhas certezas, do que eu pensava ser?
Percebo agora que não passo de um pequeno barco à deriva
Retira-te de mim, porque sou pecador
Mas deixa vir no vento teu perfume, tua voz
Teu ser que é santo