Bebo um trago de ti todo seguido
Como se a culpa não tivesse existido
Matando esta loucura de um só trago
Tentando não provar do que é amargo
Mas tudo que sabe bem faz mal
Condição divina do prazer, animal
A história quer que eu me leve bem
E em torno de desejo não querer ninguém
Vivendo em constante fantasia
Deixando vir à tona a cobardia
E morar num pequeno andar vedado
Totalmente vazio
De pecado!
Moldo-me ao teu Universo!
Moldo-me, moldo-me ao teu Universo
Devagar, sem pressa para a noite não quebrar
Em pedaços de um mundo pequeno
Serás para sempre o meu veneno
Para sempre o meu veneno
O apetite é tão voraz que ainda pede
Ao meu instinto bem mordaz que já não cede
Mas sinto que algo mais ficou por ver
Só que eu não estive à altura de o merecer
E tu simplesmente a dar
Azo ao meu desejo para depois recusar
Mas um ser da Terra tem de jantar
Eu nunca deixei a ferida estancar
E penso que esta constante fome
Algum dia sacia que come
Pois tudo que sabe bem faz mal
Condição divina do prazer, animal
Moldo-me ao teu Universo!
Moldo-me, moldo-me ao teu Universo
Devagar, sem pressa para a noite não quebrar
Em pedaços de um mundo pequeno
Serás para sempre o meu veneno
Para sempre o meu veneno
Para sempre o meu veneno