Na cidade que luta
Seu corpo se recusa e pede a tarde inteira
Eu te entendo bem
Na dúvida da sorte
Na certeza da morte
A página se vira e estamos bem
E agora que vive enfim
Distante de tudo que te fez tão menor
Diga você
O ódio porque?
Somos iguais
Tudo o que quis dizer
O modo que quis fazer
Ninguém pode te ensinar, não
O estrago que te causou
Foi bem menor que a dor
De ter que sempre calar
E agora que vive enfim
Distante de tudo que te fez tão menor
Diga você
O ódio porque?
Somos iguais
Um pouco de alma e o corpo se acalma
Mais uma vez...agora eu sei
Se o mal é um vício
E os deuses omissos
Eu ouço dizer: onde está você?
Que diz tanto faz
Mas não está em paz
Até quando se pode fingir?