Quando a lua se derrama
Sobre as águas de um rio
Deixa molhar, deixa molhar
Da cabeça aos pés a poesia
Pousa o luar sobre o vestido
Da mãe das águas do rio São Francisco
Vai o pescador cantando
Um peixe buscar
Quando a voz do ribeirinho
Negra e parda, ganha o vento
Deixa levar, deixa voar
Abraçados, riso e sofrimento
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