Minhas cordas vocais são marginais
Quero fazer arranjos periféricos que soem mais
Ser a voz do gueto, canção de preto, sem querer segregar
Ser a voz do gueto, canção de preto, sem querer segregar
Sou musica periférica brasileira
Falo pros manos big, pras mina raga
Pra todas as massas, tribos e raças
Eu to na roda
Eu sou facção racional
Sou a garota que mora na rua
A favela pura
Revolução da fome nua
Meu Milton lírico
Eu sou a essência