Quantas crianças estão vivendo pelas ruas,
Sem compreender tanta miséria e desamor...
Não são culpadas de nascer no desconforto,
Tão indefesas, carregando imensa dor.
- Tão pequenino e rejeitado, herdei o mundo;
Não tinha forças para meus primeiros passos;
Eu tinha, apenas, o cansaço e as calçadas,
Alguma esmola e o coração quase em pedaços!
Mas um recanto humanizou Santa Maria!
Trazendo luzes pras crianças inocentes,
Dando carinho, mais conforto e esperança
Para fazê-las felizes e sorridentes.
- Pois uma estrela vi nascer no horizonte,
Trazendo alento ao meu fadário de criança;
Ganhei um lar, com muita luz e muita vida,
Busquei guarida no Recanto da Esperança.
Que bom seria se, por todas as cidades,
Não existisse mais criança abandonada!
Não há futuro alicerçado na ganância,
Quando crianças vão dormir pelas calçadas.