A primeira vez que abri os olhos pra saber
O que significa nascer, sem entender
Quantas vezes mais depois, eu renasci
E agradeci, por ainda estar aqui
Nos pequenos detalhes então, eu descobri
O valor da chance, que não dá pra definir
Torcendo, vibrando, chorando, cantando
Aprendi a rimar é, e sigo rimando
Na segunda vez que então te reencontrei
Cê tava linda, mas pra você eu não falei
Guardei, como guardamos algo que gostamos
Chorei, sem entender porque amamos
Angustia que nos leva e nos traz de volta
Flores secas, uma primavera morta
Mas parceiro lembre, não vá se perder
Porque sempre, caminho quem faz é você
De frente ao que sei, de frente ao que vejo
De frente ao que sinto, de frente ao que pode ser
Eu nem sei, quantas vezes, do inicio ao fim
Pra garantir o melhor de mim
Um inverno esperando uma nova era
Tempo ensina, que ele não se recupera
Cada provação, cada desistência
Não confunda resistência com paciência
Cada vez que a gente se julga melhor
Na verdade lá no fundo, é bem pior
Ainda tem coisas que não consigo entender
Um muleque sangue bom, cê tinha que vê
Aí um mano resolve sei lá eu porque
Um ferro na mão com vontade de ser
Atrás de grana, mas atira pra matar
Ainda lembro e é difícil pra falar
E nenhum pai qué vê o filho morrer
Muitos ainda não, conseguem entender
A verdade é que a terra, não tá preparada
Os anjos aqui têm, sua jornada encurtada
De frente ao que sei, de frente ao que vejo
De frente ao que sinto, de frente ao que pode ser
Eu nem sei, quantas vezes, do inicio ao fim
Pra garantir o melhor de mim
Saudade daquilo que ainda nem perdi
Circunstância do que ainda tá por vir
Reclama de manhã cedo que é uma bosta
E chegou o final da noite já nem importa
Só mais um dia umas horas vão mostrar
Aquela parede da casa pra reformar
E vô lembra quando te vê na última vez
Nem vô sabê se vai sê, ou se já fez
Mas posso garanti, que é mesmo assim
Só vemos a grandeza, depois do fim
Erros banais são como problemas fatais
Sem solução a gente caminha pra trás
Ainda imersos em diversos problemas
É preciso navegar por entre poemas
Vivemos nossos dias, não sabemos viver
Sofremos pelo que não se deve sofrer
De frente ao que sei, de frente ao que vejo
De frente ao que sinto, de frente ao que pode ser
Eu nem sei, quantas vezes, do inicio ao fim
Pra garantir o melhor de mim