Abriu-se a cortina do tempo
Emoldurando a história a Beija-Flor ôôô
De Nova Lima à poesia se fez
Na genialidade do marquês
Nasceu em Congonhas de Sabará
O mais puro ouro das Minas Gerais
Atravessou o mar, no afã de conquistar
Conhecimento em terras lusitanas
Brilhou aos olhos da lei
Formou-se bacharel
Fiel à nação, enfim regressou
A saudade apertou
Ecoou um brado de resistência
Ao longe se ouviu a voz da independência
Pelo Brasil, impera felicidade
Já raiou a liberdade
Um homem de real valor
Um vencedor na estrada da vida
Em seu legado a primazia
Na gratidão que herdaria
Poeta, músico, escritor
O mineirinho que o rio imortalizou
Teu chão floresce a nobreza pro samba passar
Um templo sagrado a luz do luar
Apoteose de todo sambista
Artista! Herdeiro verdadeiro de Ciata
Que hoje te abraça aos pés da praça
Em mais um carnaval
Sou Beija-Flor, na alegria ou na dor
A deusa da passarela, é ela!
Primeira na história do marquês
Que na Sapucaí é soberana
De fato nilopolitana
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