Vivemos de essência
Almas vão entrando em decadência
Palmas e sarcasmo as consequências
Pra continuar nesse caminho e conviver em sociedade
É preciso cada vez mais paciência
Entre (!): Goles, tragos, beijos e abraços
Engoles o estrago e abraças o naufrágio
Mesmo sabendo que não há.mar
Quem sim? Quem não? Por que então?
Eu sei! Ouvi! Faram que não adianta tentar!
Sendo parta ativo
Sendo parte nocivo
Motivos paliativos
Meus versos tentam se suicidar
Ideologia e símbolos, cartas na mesa sem certeza
Com a benção dos padres tocando fogo em igrejas
Somos lobos famintos tentando se entender
Somos a contra corrente tentando não se perder
Gozo, vinho e fumaça
Somos filhos da desgraça
Que não teve grandes guerra
Mas a interna desgasta
Amantes da morte burra
Renegados por Deus
O inferno é agora
Pague os pecados: 'cê' cometeu!
Hoje tive uma consulta
Com meu psiquiatra
Pedi pra ele sentar e me contar todas as máguas
Disse que o homem é mau
E nossa mente é vasta
Que vamos pra qualquer lugar se dermos assas
E eu voei
Vi quebrar mascara de playboyzã
Vi nariz de 'pati' cair e despedaçar no chão
E alcancei a iluminação
Fantasmas que se vão
Assas que entram em combustão
Desde criança escrevendo versos de amor pra morte
Mas ela me deu fora e eu sempre encontro ela nos 'roque'
Fiz amor com minha mente
O ódio tirou pra dançar
Sigo os passos dessa dança
Ninguém vai me parar
Enquanto vomito meu karma
Carrego minha arma
Renego meu ego e fodo com minha palavras
Porque minha escola me ensinou a rimar na distorção
Os corre do it yourself
À pé, não de busão
Essa é a nova era
A era que te esfola
Homens mais, cheios de ódio
Somos netos dos velhos que furavam bola
E no meio do bla bla bla
Os tapas faz pla pla pla
Apanho calado pra no fim ou ouvir ratatá
Perceba a laranjada
Espere a ronda acabar
Que o maluco da quebrada falou que ia salvar
Antes de dormir eu leio a cima do espelho
Ninguém se consome por inteiro
Em preto e vermelho
E o meu desejo é sair desse desespero
Mil dias depois da primeira ordem de despejo
Preso nesse ambiente por grades e cadeados
Porque o direito de ir e vir já me foi tirado a muito tempo
E até respeito opiniões
Mas as decisões são minhas
To fora desses padrões
E eu nem quero que cê note
O meu desempenho
Quem ta perto sabe eu mereço a vida que tenho
E foi corrida desde o ponto de partida
O início ao fim quem sabe
Mas talvez nem dos 30 eu passe
Diz que tudo vai dar certo e eu espero
Mas tanto tempo depois ainda não voltou pro zero
Diz que tudo vai dar certo e eu espero
Mas tanto tempo depois ainda não voltou pro zero
Vivemos de essência
Almas vão entrando em decadência
Palmas e sarcasmo as consequências
Pra continuar nesse caminho e conviver em sociedade
É preciso cada vez mais paciência
Acelero de street pra alterar o script
Que nos que que estamos a sete palmos do chão
Satisfação, inquilino nesse equilíbrio hiíbrido
Indo e vindo nessa mundo cão
Pregado ao chão
Aos quarenta graus
Resquícios da luz me alimentando de mal
Quebrando as taças, com voz desafinada
A mente afinada palavra afiada contra a massa
Fobia de senhor feudal em caos verbal
Traumatizada natal tunder place cidade caos
E eu dando escutando vozes
Sempre me aliciando a atos piores
E eu continuo escutando vezes
E eu nem sabia de onde vinham essas vozes
Com gás pra respirar
Veneno a ploriferar
Caronte venha nos levar, várias medusas em cada olho em cada olhar
Na crew sem ramelar e contestar no ataque lírico
Afrontar como van gogh no topo do edifício
Quimera no jogo dos bichos
Perigo vivido vem vindo
Na terra indícios de que sangue foi vendido
E todo indivíduo é cumplice de um assassino
Predadores extintos
Vivendo o destino
Sendo rendido pelo ócio
Dois tragos nesse óxido
E além do foco
Vejo protótipos da nova matriz
E os escolhidos contradiz tudo que a oráculo diz
Somos piratas com barco na garrafa estagnados nesse chão de giz
Vida de gado, povo marcado, povo feliz
Povo feliz, povo feliz
Na rua
De noite
Ligeiro
Andando
Chinelo trocado
Mente trabalhando
Andando sem medo
Colar no pescoço
Com anel no dedo
Com clipper no bolso
Taco, capuz, cap
De trança, bombeta
Acendo um ret
Paiol ou careta
Acendo no pipe
A baga morgada
Ocb king size
No bolso dobrada
Mochila pesada
Visão embaçada
Sigo no concreto
Movimento lerdo
É direto e reto
Então fica esperto
Que a minha simples rima explica
Você nunca vai estar certo enquanto houver ponto de vista
Você nunca vai estar certo enquanto houver ponto de vista
Vivemos de essência
Almas vão entrando em decadência
Palmas e sarcasmo as consequências
Pra continuar nesse caminho e conviver em sociedade
É preciso cada vez mais paciência
Mais paz e ciência para os pais
Para que nos trilhos na vivência com seus filhos
No estejam sempre a beira de abismos emocionais