Fim de aguaceiro
Cheiro de campo
Pasto molhado,
O sol retorna
Relincham potros
Berro de gado,
Desce espelhada
A água do rio
Cruzando a ponte,
Mostrando as cores
Do por de sol
No horizonte.
E quando chega
A negra noite
Não tô solito,
Brilham no espaço
Lindas estrelas
Lá no infinito,
Rompe o silêncio
Da madrugada
Galos cantando,
Surge uma barra
Por trás do monte
Avermelhando.
Atrás da cria
Vacas de leite
Vêm pra mangueira,
A fome reponta
O cordeiro guacho
Pra mamadeira,
Em alvoroço
O cão ovelheiro
Deixa o galpão,
Vai pra invernada
Todos os dias
Ao lado do peão.