Nasci na beira dum brejo
Nos confins do meu rincão
Com lagoas espraiadas
Onde à noite a sapaiada
Faz um baita barulhão.
O grito do quero-quero
Do intruso dá sinal
Berra o boi na invernada
E pra anunciar madrugada
Canta o galo no quintal.
A cuscaiada em alerta
Cuida do rancho sem medo
As galinhas do terreiro
Trocaram o galinheiro
Pelos galhos do arvoredo.
Antes da barra do dia
Já estou me levantando
Ao me arrumar pro serviço
Eu escuto o reboliço
Dos cavalos retoçando.
Essa vida da campanha
Digo e posso confirmar
Se for morar na cidade
À cavalo na saudade
De lá vou ter que voltar.
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