Onda arrebenta em compasso de rima
Me quebra o pulso do coração
Castiga a rocha e faz areia fina
Que me calça os pés nesse chão
Você rocha se rompeu abatida
Depois de tanta água lhe cortar
E agora o paladar rulmina
Água de olho com sabor de mar
Qual a onda a porta quebra contra o rosto
Deixando esse ruído mudo a cintilar
Então ouvir no grito surdo do teu choro
A porta emudecer se fechar
A dor aquece e me lateja a pele
Feito o sol poente toca o mar,
Dor culpada, escarrada em verbo
Deságua solidão no meu olhar
O cascalho se desfez humano
Sangrando o peito aberto.
O sol minou o oceano,
Nós nos perdemos no deserto
Qual a onda a porta quebra contra o rosto
Deixando esse ruído surdo a cintilar
Então ouvir no grito mudo do teu choro
A porta emudecer se fechar
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