Tonico e Tinoco - Vinte e Cinco Anos de Glória Тексты
Eu passo a hora contente, o meu coração sorri
Alembro da boa gente do sítio onde eu nasci
Vivi entre aquele povo, com tanta ingênua emoção
Revejo de terno novo nhô Lau, seu Juca e o Bastião
A Dita, boa senhora, do bom véio Nicanor
Que no tempo de outrora foi ele meu professor
E o Tiago, republicano, era amigo do meu pai
Só falava no Floriano da Guerra do Paraguai
Chico Mendonça, afamado, era o mió cantadô
Trazia a lapiana de lado, mentiroso caçadô
Brabo, feroz, barba intensa, fio de português
Sempre matava uma onça, caçada que nunca fez
Eu vejo a foice roçando, do véio Juca Moraes
Caboclo bom, gênio brando, às veis bebe um trago demais
Chiquinho, quando endominga, vai no povoado passiá
Vorta cherando à pinga, querendo em casa brigá
Amarrando a cerca da horta, curtindo a triste paixão
A Bastiana que não vorta, deixou sozinho o Janjão
Uma louca paixão imensa, sempre uma angústia lhe trais
A fia do seu Proença gosta de outro rapais
E o Quim, do Jeca Pachola, vem sofrendo grande dor
À noite chora na viola a mágoa do seu amor
Nequinho acompanha o carro, fazendo ringi o cocão
Lá vai pitando um cigarro cheiroso de fumo bão
Com seu enorme trabuco, carça xadrez, pé no chão
Na venda do Zé Macuco vai jogar truco o nhô João
Ao longe, num largo trote, com elegância de pião
Tilinta a espora o Quinzote montado em seu alazão
O Clóvis, caboclo elegante, com seu bombacho azul
Veio das banda do Norte com a boiada do Sul
E as festança de São João, quanta lembrança me trais
Das coisa do meu sertão que o tempo deixou pra trais
Hoje longe, muito longe, morando aqui na cidade
A viola pontiando o soluço da saudade
Mais vivemo satisfeito com este povo gentir
Do caboclo somo eleito, que marcou em nosso peito
Hoje Tonico e Tinoco, dupla Coração do Brasir
Nosso Brasir glorioso, vai a nossa saudação
No tinido da viola, nos verso duma canção
Somos caboclo violeiro, emblema do sertão
Estandarte da bandeira que guardo no coração
Ficará em nossa memória pra futura geração
Esta página da história, monumento da nação
É o marco da vitória, o retrato da união
Vinte e cinco ano de glória plantado no meu sertão