(Joãozinho e Carolina começava a gatinhá
Comia no mesmo prato pra mór de não se largá
Na colônia da fazenda, nos fundo do cafezá
Os seus pai era agregado do major Bento de Sá
Os dois cresceram juntinho, com seus pensamento iguá
Fizeram juramento que havia de se casá
Quando tudo preparado pro casório realizá
Veio a guerra sanguinária os dois coração apartá
Joãozinho, na partida, quis deixá recordação
Plantando um pé de roseira c'um espinho no coração
Carolina então, chorando, fez o artá de São João
Enfeitou com a roseira onde faz sua oração)
Há muito tempo passava contando mês, ano e dia
A terra de pranto moiada, roseira não florescia
Numa tarde a triste moça, rezando Ave-Maria
Foi moiá sua roseira, uma visão aparecia
Entre o ramo da roseira linda rosa floresceu
Desfoiando numa letra: Joãozinho já morreu
Soluçando apanha a flor e levou ao pé do artá
- O meu destino é o convento, com a cruz vou me casá
Quem passa aquela tapera, da roseira bem pertinho
Se vê uma freira ajoeiada na beirada do caminho
A rosa que vai se abrindo na foia trais dois sinal
Soletrando a gente lê: Monumento Nacional