O mundo me condena
E ninguém tem pena
Falando sempre mal do meu nome
Deixando saber se eu vou morrer de sede
Ou se eu vou morrer de fome
Mas a filosofia
Hoje me auxilia
A viver indiferente assim
Nesta prontidão sem fim
Vou fingindo que sou mico
Pra ninguém zombar de mim
Não me incomodo que você me diga
Que a sociedade é minha inimiga
Pois vou cantando neste mundo
Vivo escravo do meu samba,
Muito embora vagabundo
Quanto a você, da aristocracia
Que tem dinheiro, mas não compra alegria
Há de viver eternamente sendo escrava dessa gente
Que cultiva hipocrisia