O ritmo inconstante
Velocidade terminal
Leva a degradação completa
Do culto dum ritual
O corpo envelhece
E a carne cede também
Porque na tortura do tempo
Não há excepção para ninguém
Os gestos são copiados
Há séculos e gerações
Criando na sociedade
Um vazio de opiniões
A mentira é praticada
E aí o orgulho dói
E a moral suja
Sob a capa do herói
Uma honra de valores
Falsos e imorais
A criação de ilusões
Preconceitos imortais
A cor é descriminada
Por razões de conveniência
Por aqueles de baixo porte
E de baixa inteligência
E os pontos que se afundam
Sob um pano arruinado
Seguro o fio que os sustenta
Longe de ser cortado
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