E um dia você acorda e vê que desaprendeu
A língua dita por seus pais
E que não entende bem
O que as pessoas querem te dizer
Mas algo te faz acreditar que isso é natural
E nas ruas todos falam uma linguagem própria
Que os torna incapazes de se compreender
Em suas casas estranhos celebram o mesmo jantar
Isso sem perguntar: - como vai você?
Eu só queria dizer como é bom te ver
E saber que está bem
O estilo de vida das grandes cidades e conglomerados urbanos
Insiste em querer roubar-nos a delícia que é sentir-se vivo
Nos arremessa impiedosamente ao sono e ao tédio
Impelindo-nos a sentir prazer em ilusórias disputas vãs
Onde a grande emoção encontra-se em vencer às custas da derrota de quem
Possivelmente, já estava derrotado desde sempre
A liberdade em forma de prazer barato, estimulantes e anestésicos
Qualquer desvio capaz e furar os nossos olhos. vejo a anemia presente na arte
A coragem virou mito. a melodia apenas soa bonita. todos cantam baixo demais.