Eu demorei a aprender a fazer a coisa certa
Eu demorei a entender que intimidade é uma merda
Eu demorei a perceber que amor é só ponto de vista
Eu demorei a te vetar da minha lista
E nem adianta tentar invadir não
Quando um não quer dois não brigam
É uma questão de visão
Vão se os anéis, e os dedos ficam
Dar volta nos outros tá virando a sua tara
Mas não vai ficar de sacanagem com a minha cara
Marcou comigo às cinco, aguardei até as seis
Toda errada no recinto, ainda fala mal da ex
Cobrir o seu erro com o meu é seu jeitinho de jogar
Mas nunca resolveu, num é agora que vai mudar né
Eu vou voltar pro cabaré.
Hoje eu vou pro randevu, te esquecer se Deus quiser
Pisa devagar, menina, seu jogo já não me engana mais
Antes eu estivesse com as primas
Bebendo e fazendo a minha fumaça em paz
Então pisa devagar, menina, solidão já não me assusta mais
Você perdeu a disciplina e menina, hoje o barco sai sem cais
Espaços em vão e eu parei longe um peso no pulmão
Mas continuo na minha calma de monge
Nove da manhã em num sei aonde
Tonto de champanhe com as minas que eu conheci ontem
Eu nem sei porque que eu to aqui
Era só necessidade de fazer alguém sorrir
Não vejo mais vontade de voltar
Já que meu peito não é mais lá
Hoje eu tenho asas maiores pra seguir
Seqüência de enganos
Dentro dos planos a vida nos traz o que nós plantamos
Anjos e demônios o que nós guardamos
Um porão de sentimentos errôneos
Talvez eu tenha falado demais
É que ultimamente tenho me estressado demais
Talvez eu tenha errado demais
Ou talvez essa angustia da distancia do cais então vai
Pisa devagar menina, seu jogo já não me engana mais
Antes eu estivesse com as primas
Bebendo e fazendo a minha fumaça em paz
Então pisa devagar menina, solidão já não me assusta mais.
Você perdeu a disciplina e menina, hoje o barco sai sem cais.
Bom! Vamos por as cartas nas mesa
Eu fui sua certeza você incerteza
E agora meu anjo mal vem à tona
Estoura a bomba e me toma de surpresa
Eu e uma folha de papel
Minha neura de ser infiel
Agora já não tem mas volta
Olhei em volta merda tô num quarto de hotel
Bebida quente, beijos frios e longos
Comendo aquela vaca como
Se não tivesse transado há anos
Bem não estava nos meus planos
Meu bem cada qual segura sua bronca também
Ninguém é refém de ninguém
Entendeu? Entendeu bem? Entendeu!
Pega suas tralha no varal
Ganha teu rumo mete teu pé
E diz que me esqueceu