Enquanto minha alma derramo
Diante do trono da graça
Escuto uma voz que me abraça:
-sossega, querido, eu te amo
Acalma o soluço sofrido,
Que manso chegou ao ouvido
Daquele que ama o contrito
No dia da paz ou do grito
A lágrima limpa que brota
Denota um espírito santo
O pranto que cristo desperta
Liberta o fiel da derrota
E agora, passado o assombro,
Repousa tranqüilo em meu ombro;
Do amor deste instante sagrado
Escreve em teu peito um recado:
- por amor a meu pai amoroso
Abandono esse andar cambaleante
Enxugando meus olhos, com gozo,
Posso ver o meu alvo adiante
Sem olhar para trás eu prossigo
Pois jesus leva o fardo comigo
E em erguendo meus olhos avisto
O encontro perfeito com cristo.
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