O que virá depois do adeus,
Depois de baixar a poeira,
E só restar a melancolia das lembranças?
O que virá depois do temporal,
Para os que esperam a luz do sol,
Ou dias de paz e bonança?
O que virá amanhã cedo,
Depois do vício, do vírus, do medo,
O que virá se nada mudar ou depois que tudo acabar?
O que virá depois do clone,
Depois da bomba, da seca, da fome,
O que virá se nada mudar, ou depois que tudo acabar?
A minha esperança é um rio
De águas fartas e claras
Que corre e enche os vazios
E as incertezas que nascem na alma;
A minha esperança é um silo
Onde armazeno confiança;
Me animo e o medo se esvai
À medida em que tenho a certeza:
Nenhum fio de cabelo eu perco
Se não for desejo do Pai.