Da casa da muié
Eu saia na rua triste, cabisbaixo
Tristeza em meu peito brotava no cacho
Queria alguém pra me consolar
Morro do Querosene, taquei-me pra lá
Cinco da manhã, e nada eu via
Com tempo fechado neblina cobria
E não tinha uma puta nem pra desdobrar
Hoje quem chegar
Porca Ruiva, a Muda ou Penteia de Aço
Quem vier primeiro hoje arregaço
Nesse fim de noite eu quero frescar
Depois de um tempo só fiz resmungar
Parece que a noite chegou-se no fim
Quando ouço uma voz atrás de mim
Perguntando se ela pra mim não servia
Virei o pescoço, vi o que queria
Se encoste no muro que eu vou encarca
Botei-lhe do jeito pras costas estalar
Ela revidou com uns trinta palavrões
Me bote do jeito que eu possa agüentar
Não tenho idade pra essas posições
Por favor, se acalme espere então
Que de um jeito gostoso eu vou lhe ajeitar
Morro do Querosene eu vim fulerar e chegou a hora
De a burra lavar!
Terminado o serviço,
Perguntei pra ela: - Quem é a senhora?
Qual é sua idade? Onde você mora?
Por que por você estou interessado
Ela disse rapaz me deixe de lado
Esse é o tipo de história só pra se contar
Digo pra você não se preocupar
Porque nunca mais irá me encontrar
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