Bate no tambor, ôôô
Canta pra saudar alãfia
Nessa Kizomba eu sou Cubango
Reflete o negro
No meu manto verde e branco
Quando ressoarem os tambores
Pra louvar Orunmilá
Mostro a força da minha cor
E o axé dos meus orixás
África, mistérios e magias
Livre no bailar dos animais
Brilhou da natureza
Fonte de riquezas minerais
Firma na fé pra espantar o mal
Vai começar o ritual
Atotô Obaluaê, atotô babá
Tem batuque no xirê
Chama pra dançar
Atotô babá, atotô obulaê
A demanda da Cubango é vencer
Da opressão, a dor da senzala
A voz de Nelson Mandela ecoou
Liberdade raiou
Igualdade entre irmãos
Negro dança, joga capoeira
A herança desse chão
Sou da pele negra à brilhar
Eu tenho a arte de sambar
Pulsando em cada coração
Sou da pele negra
Portal de tantos carnavais
Eternizando o legado dos meus ancestrais