Porque é que o mundo está ficar tão louco?
Tudo aquilo que eu não percebo é nada ou pouco/
A falta de humildade é grave, não encontram a chave,
Se o caminho está sujo, não esperes que ele se lave/
O código é simples, também é a tua mente,
Viajar no vazio é sempre diferente/
Da inconsciência é que vem a influencia,
os resultados só podes ver com paciência/
E é se os vires, alguns nem chegam a isso,
Mas é o meu dever fazer disto um serviço/
Na altura certa, no local certo,
Haverá um explicação e eu estarei perto/
Para ouvir a razão que eu tanto esperava,
Aquela solução que ninguém acreditava/
Está-me a faltar o ar e eu preciso de oxigénio,
Deve ser a pressão deste novo milénio/
Ficarei subterrâneo, num mundo mais pequeno,
Continuarei calmo, paciente e sereno/
Rimas nessa altura devo ter aos milhões,
Mas isto não e népia, são apenas as visões.../
Porque é que o mundo para mim não é correcto?
Vejo um caminho mas não sei nenhum trajecto/
Muitos problemas mas com poucas soluções,
Isto não é real, tem de ser das visões/
Venham as visões que eu faço previsões,
Tragam os indivíduos, que eu levo as multidões/
Uma voz que nem sequer é decente,
Um ouvido que é cego, cegamente/
Não a vê, é tipo invisível,
Por isso é que ela tem de ser credível/
Leva-o para outro nível, um nível especial,
Um nível impossível de ser um nível natural/
A estética encontra-se toda na fonética,
Se não fizeres isso sai uma cena patética/
Mas o mais importante é sempre o conteúdo,
Queres a mudança mas tu sabes que eu não mudo/
Ouve agora o miúdo e não o menosprezes,
Senão o conselho que te dou é que rezes/
Pára e inspira, informa e gira,
Bacanos já falam do tal Samuel Mira/
E não é mentira, é pura verdade real,
Duvidas do que digo, sintoniza no canal/
Não é preciso rádios nem televisões,
Sintoniza-te no canal das visões.../
Porque é que o mundo para mim não é correcto?
Vejo um caminho mas não sei nenhum trajecto/
Muitos problemas mas com poucas soluções,
Isto não é real, tem de ser das visões/