O dia passa e eu me sinto tão preso
Chutando pedras no caminho de casa
Já nem sei se eu sou o mesmo peso
E se essa solidão ainda passa
Cada vez mais fundo no vazio
Ou fingindo sempre estar tudo bem
O sorriso cada vez mais frio
A intenção de não explicar dores a ninguém
Escrevendo toda madrugada
Minha insônia ainda tem seu nome
Meu caderno já não cabe mais nada
E eu escrevi esses versos com sangue
Sempre agi com sinceridade
Em cada verso pus a minha alma
Desculpa se eu escutei a voz de meus demônios
É que eles nunca curtiram a sua áurea
Uma parte de mim eu dei a esse mundo
E essa mesma parte implora pela sua voz
Apesar de eu não ter tocado no assunto
É o único som aqui que me traz paz
Desculpa ter deixado meu orgulho entre nós
Cê sempre foi areia demais pro meu caminhão
Eu sempre quis estar com a razão
É hoje perdido me encontro em meio a tantos erros
Perdi a noção das rimas
Não quero mais escrever e saber que você não vai ouvir
Na real tô no final, agora tanto faz
Afinal de contas fui eu que não deixei cê ir
Siga seu caminho e ache o que te faz bem
Eu sigo estourando canetas pra não estourar
Teu sorriso ainda me assombra, eu só não sou refém
Mas não vou ir atrás nem que eu precise me matar
O dia passa e eu me sinto tão preso
Chutando pedras no caminho de casa
Já nem sei se eu sou o mesmo peso
E se essa solidão ainda passa
Cada vez mais fundo no vazio
Ou fingindo sempre estar tudo bem
O sorriso cada vez mais frio
A intenção de não explicar dores a ninguém
Escrevendo toda madrugada
Minha insônia ainda tem seu nome
Meu caderno já não cabe mais nada
E eu escrevi esses versos com sangue