Salve nossos valores e nossos colares
Que a gente usa, lambuza com a música
E depois devolve tudo melado, pingando
E ninguém quer por a mão
Salve nosso elenco de estrelas ocultas
Que escuta quem aponta
Quem não encontra não escuta, não aponta
Salve Deus!
Salve as nossas idéias quando dão certo
Na hora certa, sem enrolação, salve, salve!
Salve também as nossas meninas
Que são bonitas, artistas, e se comportam
Com especial dignidade
Quando não ha mais nada a fazer
Salve nossa mania de persistência
Nossas tendências, nossos recados,
Nossa paciência, nossos arranjos (um barato!)
Salve a música!
Salve os malabarismos que a gente faz
Pra sair dos abismos que a gente cai, ai, ai...
Vitima!
Na crista da vítima
Um ritmo de música bem próximo
Um ritmo ótimo!
É muita guitarra de base, de peso
Que bisa a pose do músico
Em ritmo de vítima
No vértice do mártir e da arte
Uma arte martírio!
Uma arte que passa, que pesa, que pisa
Que pousa e lambuza com a música
O reino das artes
(Em parte, não totalmente)
Salve nossos valores e nossos colares
Que a gente usa, lambuza com a música
E depois devolve tudo, melado, pingando
E ninguém quer por a mão
Salve nossas canções que pegaram sucesso
Por mérito, impacto, por sorte ou investimento (não se sabe)
Salve enfim
Salve os nossos valores e nossos colares
Bons, maus, médios, neutros, irregulares
Salve, salve