Te asseguro meu destroço
a lã da tua carne contra minha boca
deixa os astros bem acesos
Pela noite toda olhando para nós
e ponho o pano no buraco do teu grito
eu te imito e teu único amigo sou eu
Agora agora agora
alvorada, peito nu que rasga a arvore ai em frente
espalha o lixo pelas ruas
nao me importa a porta aberta
nem o fim do mundo meu e teu
Sou eu quem dança como um pierrô agora...
Luz azul, subúrbio imundo
a boca que escondo dentro dessa minha boca grita
Onde onde onde quem voce pensa que quem você pensa que é
Eu digo assim minha sentença
de morte contra a morta do cetim
Minha sentença de morte vai contra a morte do clarim
Isso eu faço, te asseguro em minha boca
Leva toda o peso da saliva e do veneno
Do escorpião, das horas velhas
e o silvo do trinado de um trem azul me salva
Escapadando ao pesadelo
e à fome de alegria
Escapando ao canto meu cinzento
quando contamina o dia.