Recitado:
É bem assim que lhes falo:
Encilhar o meu gateado, pilchado,
Chapéu tapeado, campear algo pro costado...
Uma prenda no povoeiro,
O corredor é parceiro, ida e volta, quase sempre
Mas quem sabe de repente, eu não sou de estampa feia
Traga uma caborteira pro rancho deste campeiro?
Noite de lua nova
Nova charla,
Velha estampa!
"Nos arreio" meu gateado,
Eu no trago já baleado
Campeando alguma bailanta
Noite de lua nova
Nova charla,
Velho embalo.
A prenda de outras feitas
Se fazia de sotreta
Quando eu metia o cavalo.
Noite de lua nova
Nova charla,
Velho fora
Quando firmei o rabicho
Saltou queimando o cambicho
Solito eu me fui embora
Noite de lua nova
Nova charla,
Velha estrada
Um caminho já sabido
É voltar sempre solito
No final das madrugadas
Noite de lua nova
Nova charla,
Velha lida.
Encilhar o meu gateado
Tomar um trago ajeitado
E fazer minha recorrida
Noite de lua nova
Nova charla,
Novo upa!
Quem negou os meus regalos
Queria ir de a cavalo
Abraçada na garupa
Noite de lua nova
Nova charla,
Renegado.
Eu já meio caborteiro
Se findou o entrevero
Ela ficou do meu lado
Noite de lua nova
Nova charla,
Se topou!
Solito eu me fui embora
Assoviando estrada a fora
Pois prenda nunca faltou...