Meu Mestre partiu sem consentimento qualquer
Viajou "pra" bem longe, lá "pras" bandas de Jequié
Ah quanta saudade de quem esbanjou hombridade
Generosidade força garra e fé
Mestre, pai, amigo, irmão, poeta, músico, parceiro
Dedilhando com carinho nosso Samba Brasileiro
Nas manhãs de domingo por entre os cantos de passarinhos
Uma viola atrevida coloria a vida pintando um chorinho
Meu Mestre partiu sem consentimento qualquer
Viajou "pra" bem longe, lá "pras" bandas de Jequié
Ah quanta saudade de quem esbanjou hombridade
Generosidade força garra e fé
Com sua sentinela, seja na favela ou em palácio burguês,
Juntaram os balaios e em 1º de maio na penha se fez
O sonho de vencer a pobreza através da nobreza dos velhos bambas
Ensinando melodias de polcas, chorinhos, de valsas ou de sambas
Meu Mestre partiu sem consentimento qualquer
Viajou "pra" bem longe, lá "pras" bandas de Jequié
Ah quanta saudade de quem esbanjou hombridade
Generosidade força garra e fé
No Meu kantinho Yara sempre rasga coração
E o Aníbal no choro Cochichando que é Carinhoso de montão
Clarinete, flauta, falsete, cavaco abusado, tantan, violão
Por favor, mais devagar pois isso é samba, não é frevo não
Meu Mestre partiu sem consentimento qualquer
Viajou "pra" bem longe, lá "pras" bandas de Jequié
Ah quanta saudade de quem esbanjou hombridade
Generosidade força garra e fé