Você anda sem nem sentir
Os seus sentidos fluírem aí
Sentindo a bruma escurecer
Os seus caminhos, o seu querer.
Então vamos resolver
Tudo o que houver
Sua forma de viver
Hediondo crescer
Olhando-se um pequeno ser.
Cadê seu mar, cadê você?
Enxergue-os, ou não o verei
Só ver dor, só ver sofrer
Assassine o seu morrer.
Olhe quanta terra procura te ver
Quando nem o sol puder nascer
Sonhe o real
Sendo sua justa forma de ser.
Acredite no anoitecer
Quando nem as estrelas puder ver
Avise a sua torta cruz
Que você é mais, o espelho traduz.
Não seria o negro do asfalto
A escuridão do seu passado
Muito menos o eclipse da lua
O fim da sua rua.
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