Rappek - Pra Lavar a Alma Тексты

Cotidiano periférico sem mérito urbano,
Sofredor desde o inicio igual corintiano.

Nessa vida insensata, quem quer muito fica sem,
Por isso o importante é sempre fazer o bem.

Sem olhar a quem, sem humilhar ninguém,
Sem pisar pra subir pelas notas de cem.

Vai além, conheço cada canto da cidade,
E eu sei bem aonde se esconde a maldade.

Não, não é em beco (não), nem em viela,
É tipo dedo na ferida, repressão deixa sequela.

Abri o dicionário pra achar uma palavra,
Mas “amor” estava riscado numa página rasgada.

Se eu tenho que sofrer, não quero estar errado,
Se esse é o meu teste, mano eu já sou calejado.

Desde o meu aniversário que eu penso em tanta fita,
Malandro que é malandro faz e não desacredita.

Eu não quero ser melhor, nem preciso te provar,
Pois eu sou um vencedor mesmo se eu não ganhar.

Nesse mundo cabuloso sem direito a revisão,
Você tem que abrir a mente e fechar o coração.

A luz ofusca minha visão, reinvento o sentimento,
Tenho medo de ter medo e perder esse momento.

Antes que eu vá embora, essa é minha virtude,
No fim quero ter certeza que fiz o melhor que pude.

Certas coisas não tem preço, muitas delas tem valor,
Vou fazer um recomeço se a história acabou.
Não posso fingir que está tudo bem, se não está bem, não está bem,
Não posso fugir tenho que ir além, pois não vejo ninguém, eu não vejo ninguém,
Eu não vejo ninguém, mas eu não vejo ninguém, eu não vejo ninguém.

Eu não preciso de promessas que você não vai cumprir,
Não preciso de amor, se você vai me ferir.

Eu ainda estou aqui como na primeira vez,
Sempre em frente nesse jogo igual pião no xadrez.

Sou militante nessa guerra, então fica calado,
Se entrar no meu caminho tu vai ser atropelado.

O nosso bonde é pesado e eu mando assim,
Eu quero que se foda o que tu pensa de mim.

O meu estilo é esse, eu canto o necessário,
Sem ideia de comédia contra o adversário.

Pois eu quero a paz sim, mas eu estou preparado,
Se algo for dar errado já tenho o plano bolado.

Mandei o papo reto pra quem julga minha vida,
Eu tô no corre desde cedo, disputando a corrida.

Pois eu quero ser feliz e também quero dinheiro,
Mas falsidade é mato, por isso eu sou verdadeiro.

Meu rap é derradeiro, isso é pra lavar a alma,
Inspiração que vem de tudo mesmo que seja nada.

Mesmo que eu não mude o mundo, um dia vai mudar,
Sou um louco, vagabundo com história pra contar.

Você pode duvidar, mas eu honro a favela,
Porque se a vida é dura, seja mais forte que ela.

Sem revolução na tela, o rap é compromisso,
Eu tenho algo a dizer e vou até o fim com isso.

Certas coisas não tem preço, muitas delas tem valor,
Vou fazer um recomeço se a história acabou.
Não posso fingir que está tudo bem, se não está bem, não está bem,
Não posso fugir tenho que ir além, pois não vejo ninguém, eu não vejo ninguém,
Eu não vejo ninguém, mas eu não vejo ninguém, eu não vejo ninguém.
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