Contei as pedras no sapato só pra lembrar que caminhei,
Pelas ruas de asfalto e de fato eu não sei,
Se esculto todos os que me dizem que sou eu que estou errado,
Mas talvez eu seja um alienígena e não outro alienado,
Meu coração anda tão cansado como uma maquina a vapor
E no fim desses janeiros restou muito pouco do que sou,
Talvez um dia tu entendas que sobreviver não é viver,
E que da pra ser feliz como nos comerciais da tua tv,
Eu tenho sonhos tão absurdos pra um mundo tão sem graça,
Quero ver além do muro como é que a vida passa,
Tenho concreto nos pés e pouco vento soprando o rosto,
Então não me peça pra ter pressa pois eu sei qual o gosto
Dos dias em que o coração fica tão cansado como uma maquina a vapor
E no final desses janeiros restou muito pouco do que sou,
Talvez um dia tu entendas que sobreviver não é viver,
E que da pra ser feliz como nos comerciais da tua tv,