Ô, ô boiadeiro
Tange esse gado bom
Mas não tira o boi do sertão
Ê, sinhá parteira
Esse menino que chega
Já tem nas veias a quentura desse chão
Meus olhos já viram coisa
De cortar o coração
A cara-feia da fome
O povo virando anão
A fome comendo a fome
Não tem nem um pedaço de pão
Êta fim de mundo, desgraceira, perdição