De rosto cansado
E mão calejada
Uns tostões no bolso
Ao fim da Jornada
Sob a luz da lua
Põe-se a caminhar
Por fim na sua rua
Por onde ninguém quer passar
No meio do quase nada
O seu lugar
Que nada lhe falta
Sua cara espelho
Cada porta que abre
Um abraço a si mesmo
Portas que dão para o céu
Sentado numa velha
Cadeira de balanço
Tranquilo ao léu
E na certeza inabalável
Um homem abençoado
Agradece em oração
A sua luz acesa
Em meio a escuridão
Que ninguem quer passar
Por onde ninguém quer passar
No meio do quase nada
O seu lugar
Que nada lhe falta
Sua cara espelho
Cada porta que abre
Um abraço a si mesmo
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