Aponto um norte e remo só
Não acredito em sorte
Forte é quem consegue suportar o peso da carga na busca do improvável, do impossível
Meu corpo, meu abrigo
Minha mente, meu guia
Talvez eu volte, pois eu não tenho casa
Deixe as portas abertas
Talvez eu volte, minha casa é a estrada
Aponto um norte e remo só
Mas o tempo cura
O vento jura a lentos passos a liberdade
Na urgência da fuga
Não se medem esforços pra ver a vida andar em direção de um sentido maior
Jogo fora as certezas, o que sobra é só coragem de riscar as estradas por aí
Ouço ruídos que me querem confundir
Mas não me perco tão fácil assim
Prefiro correr os riscos do que parar de andar
Lavar a alma com a coragem de seguir sem planos
Querendo abraçar um novo dia
Tendo minha mente como guia
Esperando a calmaria soprar dentro de mim