Se não bastasse o horizonte que a natureza criou
Se não bastasse a montanha que ali eternizou
Se não bastasse a brisa que a relva soprou
Se não bastasse o verde que deslumbrou
Se não bastasse a ave que por ali aninhou
Se não bastasse a água que do solo brotou
Se não bastasse toda essa grandeza
Se não bastasse toda essa riqueza
Nasce ali o Velho Chico, o chapadão
Há 500 anos o homem encontrou
Logo, pelas artérias e velas, inicia seu caminhar,
Ainda em cima da serra
Como uma verdadeira teia, seu leito começa a se formar
Pela sua beleza e pujança
Pelo seu ar de esperança
Pela sua força e exuberância
Entre corredeiras e curvas
Cai lá embaixo, em cascata
Suas águas limpas ou turvas
Lavando o cascalho de brilhantes e ouro abundante
Suas águas limpas e puras
Pelas pedras lisas e duras
Entre corredeiras e remansos
Deslizam em seu leito tortuoso
Onde Deus foi generoso
De tamanho majestoso
Formando várzeas infinitas
Por estas plagas benditas
Como um simples risco
Passa o nosso Rio São Francisco
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