Indo pela estrada pra Jerusalém
Trazendo um cordeiro ao Senhor
Meus dois filhinhos vieram para aprender
Que o cordeiro deve morrer
Oh! Meu pai, o que veremos lá
Tudo é tão difícil de entender
A Lei de Moises, também de Abraão
Que o cordeiro deve morrer
E muitos virão a Jerusalém,
Pra evitar que o cordeiro não vá fugir
A lei de Moises também de Abraão
Que o cordeiro deve morrer
Chegando a cidade deparei com a multidão
Mas não havia alegria, nem amor ou canção
Vi pessoas cheias de ódio no seu coração
Gritavam numa só voz: Morte na Cruz!
Nós tentamos fugir, não conseguimos sair
Era algo tão difícil, difícil de aceitar
Vi dois homens condenados a morrer
Não queria estar aqui e ver tanto sofrer
O primeiro homem condenado então falou
Clamou misericórdia, ninguém lhe ouviu
O outro com violência, mesmo em condenação
Em alta voz insultava toda multidão
Foi então que eu vi Jesus, não pude acreditar
Tantos ferimentos e sangue a escorrer
Tanto sofrimento ele estava a suportar
O peso de uma cruz, não podia carregar
Eu o vi tropeçando, também o vi cair
O povo então blasfemava, vendo-o sucumbir
Culpado então me senti, não podia expressar
Até que um soldado me apontou:
Hey! Leve essa cruz...
Tentei em vão resistir, e com força me obrigou
Então me ajoelhei, tomei a cruz do Senhor
Com a cruz em meus ombros, comecei a caminhar
Gotas do seu sangue no meu rosto a rolar
No monte do calvário pregaram suas mãos e pés
Lá na cruz eu ouvi dizer: Pai perdoa eles
Nunca vi tamanho amor por tudo que sofreu
Receba Pai meu espírito, orou e morreu...
Perdi a noção de tempo e lugar
Senti então meus filhos segurando a minha mão
Tinha muito medo, medo de dizer
Que em meio a multidão, o cordeiro se perdeu...
Oh! Meu pai o que vimos aqui é tão difícil de entender
Então os abracei e contemplamos a cruz
Lá está o Cordeiro que morreu...