Debaixo dos salgueiros penduramos nossas harpas,
Juramos que ninguém mais cantaria.
Quando a dor é demais a voz não vem,
Se sai um canto é um canto triste como que.
Debaixo dos salgueiros penduramos nossas harpas.
Soluçando de saudades do país que lá ficou.
Só voltamos a cantar quando o senhor nos libertou.
Igrejas são de deus quando caminham com o povo.
E gritam mesmo quando é proibido.
Quando a dor é demais e o povo sofre,
Quem crê na paz não tem direito de calar.
Debaixo do sacrário e a tocar nossas guitarras,
Celebramos a esperança de um país que parte o pão.
Voltaremos ao silêncio quando o pão for repartido.