O que eu daria pra rever meu vilarejo,
Pedacinho sertanejo que ficou dentro de mim.
Casinhas simples, com varandas enfeitadas,
Quase sempre perfumadas com cheirinho de alecrim.
E a capelinha rodeada de palmeiras,
A estradinha boiadeira que pra onde vai não sei...
E esta saudade que de lá eu sinto agora
Estou certo que ela mora na casinha que eu morei.
No quintal pé de romã, corruíras nos beirais...
Sabiá, doces manhãs... velha casa dos meus pais!
Se ouve ao longe um acauã, muito além desses quintais
Bandos de maracanãs, coisas que eu não vejo mais!
Quanta saudade do cantor da laranjeira,
Bica d'água na pedreira, pé de amora e o mangueirão...
Saudade imensa do murmúrio da cascata,
Da neblina sobre a mata e o luar do meu sertão.
Dos passarinhos cantando na alvorada
Nos arbustos da invernada, nas moitas de colonião,
Do ingazeiro que enroscado na figueira
Debruçava a ribanceira pra beijar o ribeirão!