No lombo do pingo um gateado oveiro
Meu flete campeiro vai mascando o freio
Me vou por aí peleando co'a sorte
Buscando meu norte em cima do arreio
Tropeando meu sonhos por esses rincões
Benditos fundões de campo e querência
Num tranco Monarca chapéu bem tapeado
Me vou a lo largo com calma e paciência
Eu boto sentido em tudo o que vejo
Meus olhos alumbram e encurtam distâncias
Por guapo e vaqueano aos poucos me aprumo
E traço meu rumo no chão das estâncias
E assim dou de rédea, carcando a espora
Sovando os pelego parando rodeio
No lombo do pingo eu me vou campo à fora
Por que o gaúcho mora em cima do arreio.