Voltei abrir novamente este meu peito garboso
Para cantar as belezas do meu rincão majestoso
Me perdoe meus amigos o bairrismo do meu canto
E não me julguem vaidoso
E que sou filho orgulhoso desta terra que amo tanto.
Quando canto meu Rio Grande eu me perco nas imagens
Meu cantar é sinfonia do minuano nas ramagens
Qual festival de ciranda é quando pelos rincões
Longos vestidos de prenda
Do sarandeio das prendas ornamentam os galpões.
Meu cantar é o próprio grito do quero-quero vaqueano
É o choro da cordeona, é o tinido do facão
É o gemido da carreta seguindo rumo da sorte
É o berro da boiada
Em direção a charqueada, indo ao encontro da morte.
Por tudo que sou na vida, sou grato a minha querência,
Onde sempre colhi flores nas tropeadas da existência
Me orgulho em ser pampeano pra cantar neste entono
Num brado de amor profundo
Aos quatro cantos do mundo que esta terra tem dono.