Quero tudo como vier,
Que tua voz me ensurdeça
Que o teu corpo me abandone
Que o desejo seja eterno.
Que a cerveja mole à garganta
E que os olhos fiquem vermelhos
Que os tiras vão para o inferno
E que nunca se acabe o dinheiro.
Quero tudo como vier,
E que o cigarro nunca se apague.
Os travestis não gritem comigo
E o corujão ainda não passe.
E os nossos dentes apodreçam
E o baseado nunca se apague
E os cretinos se aborreçam
E essa noite nunca se acabe.
Quero tudo como vier
E essa noite nunca se acabe
Enquanto eu na minha cruz
Enquanto cristo por dentro.
Derretido e fulminado
E que os olhos fiquem vermelhos
Que os tiras vão para o inferno
E que nunca se acabe o dinheiro.